sábado, 24 de março de 2007

vi
bem te vizes que voavam em parênteses num prédio
duma marquise saíam para formar parábolas de frente ao reto concreto.
meia-lua que terminava no encontro da gota

um de cada vez saciava a sede com a água que pingava do ar condicionado.
embaixo daquela caixa negra dos ventos, formavam uma dança rítmica e precisa condicionada às variações da respiração

enquanto um subia, o outro descia
e junto do êxtase da volta , manchando o cinza, vinha teu peito amarelo que rapidamente se revelava num descuido de saciedade.

e mesmo estando a água acima de suas cabeças, eles abriam o caminho em curvas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha o comentário!